Veja o que está por trás da seleção de ativos e saiba quais são alguns dos mais recomendados pelos analistas
Ferramentas muito úteis para orientar decisões de investimento, as carteiras recomendadas são basicamente listas de ativos selecionadas por especialistas do mercado financeiro. Essa seleção é feita a partir de critérios técnicos, fundamentos das empresas e cenários macroeconômicos. As carteiras recomendadas oferecem aos investidores uma visão estratégica de onde estão as oportunidades mais promissoras em determinado momento, equilibrando risco e potencial de retorno.
Muitas dessas carteiras priorizam ações com histórico de solidez, previsibilidade de resultados e atratividade no pagamento de dividendos. Para quem busca referências confiáveis, consultar uma lista de ações presente em carteiras recomendadas pode ser um bom ponto de partida para estudar o mercado com mais foco e critério.
Este conteúdo não é uma recomendação de investimento.
Como são escolhidas as ações das carteiras recomendadas?
As ações incluídas nas carteiras recomendadas passam por análises quantitativas e qualitativas feitas por especialistas. Os principais critérios utilizados incluem:
- Histórico de desempenho financeiro consistente;
- Potencial de valorização frente ao cenário econômico;
- Nível de endividamento e solidez do balanço patrimonial;
- Preço atual em relação aos fundamentos (valuation);
- Expectativas de geração de caixa e pagamento de dividendos.
Além disso, é comum que as carteiras tragam opções de diferentes setores da economia para melhorar a diversificação e reduzir a exposição a riscos específicos.
Empresas com histórico consistente de pagamento de dividendos
Para investidores que buscam renda passiva, ações de empresas que pagam dividendos com regularidade se destacam nas carteiras recomendadas. Essas companhias costumam operar em setores mais estáveis, como o de energia elétrica, saneamento, bancos e seguradoras.
Em maio de 2025, por exemplo, papéis como ITUB4 (Itaú Unibanco), PETR4 (Petrobras) e BBAS3 (Banco do Brasil) foram alguns dos mais indicados em 14 diferentes carteiras brasileiras, segundo apurou a organização Dividendos Brasil. Outras ações frequentemente citadas em análises são: JBSS3 (JBS), CPLE6 (Copel), SUZB3 (Suzano), EMBR3 (Embraer) e SBSP3 (Sabesp).
Ativos recomendados geralmente se destacam pelo dividend yield (DY), que é o percentual de retorno em proventos em relação ao preço da ação, e pela constância nos pagamentos. A presença desses papéis em carteiras recomendadas costuma sinalizar a confiabilidade na geração de caixa dessas empresas mesmo em cenários desafiadores.
Setores com maior potencial de proventos
Entre os setores com maior tradição na distribuição de dividendos, o financeiro continua sendo um dos mais relevantes. Bancos e seguradoras mantêm margens robustas e boa capacidade de gestão de riscos, o que favorece a previsibilidade de lucros.
O setor elétrico, com destaque para empresas de geração e transmissão, também costuma ter presença recorrente em carteiras focadas em dividendos. Essas companhias operam em regime de concessão e possuem receitas mais estáveis.
Outro setor que tem ganhado espaço é o de fundos imobiliários (FIIs), especialmente os de papel e os de tijolo com foco em renda. Embora tecnicamente não sejam ações, os FIIs são incluídos em algumas carteiras por sua capacidade de gerar renda mensal e liquidez. Eles podem ser isentos de imposto de renda para pessoas físicas que acumulem critérios previamente estabelecidos.
Comparação entre setores: risco e retorno
Cada setor possui particularidades que impactam o retorno esperado e o risco envolvido. Empresas do varejo, por exemplo, podem oferecer maior potencial de valorização, mas sofrem mais com oscilações econômicas. Já companhias de utilidade pública tendem a oferecer estabilidade, mas com menor potencial de crescimento acelerado.
A composição de carteiras recomendadas leva esses fatores em conta, equilibrando ativos com maior risco e potencial de valorização com outros mais defensivos. A ideia é proporcionar uma estratégia que responda bem a diferentes perfis de investidor, buscando uma diversificação eficiente.
Estratégias de balanceamento de carteira
Para quem deseja usar carteiras recomendadas como referência, é importante lembrar que essas sugestões podem servir como baliza para entender as dinâmicas do mercado e identificar tendências, mas elas não substituem uma estratégia individualizada. O ideal é que o investidor:
- Compreenda qual é o seu perfil de risco (conservador, moderado ou arrojado);
- Alinhe os ativos aos seus objetivos financeiros e prazos;
- Reavalie a carteira periodicamente, acompanhando mudanças no cenário econômico e nas empresas.
Além disso, observar o desempenho histórico da lista de ações recomendadas, sem esquecer que rentabilidade passada não garante retornos futuros, ajuda a tomar decisões mais bem fundamentadas.
Algumas fontes consultadas:
https://borainvestir.b3.com.br/objetivos-financeiros/investir-melhor/como-entender-a-carteira-recomendada-saiba-tudo-sobre-siglas-datas-e-prazos/
https://investidor10.com.br/acoes/rankings/