De acordo com o último censo do IBGE, de 2021, 70% dos brasileiros possuem um animal de estimação. Isso explica uma certa popularidade de produtos, como comedouro para gatos automático, tapetes higiênicos inteligentes e, principalmente, variedade de alimentos específicos para os animais.
Quando o assunto é alimentação pet, existe quem defenda que o animal tem “autonomia” para escolher como se alimentar e quem acompanha de perto a dieta. Pegando emprestado um tópico popular na internet, podemos dividir os pets nos grupos ”raiz” e ”nutella”. Entenda melhor essa divisão e os mitos por trás da alimentação correta para animais de estimação.
Descubra a alimentação ideal para seu pet
No Brasil, os animais de estimação, especialmente os cachorros, ocupam um lugar na família há muito tempo. Em muitas casas, sempre foi normal alimentar cães com alimentos como arroz, ossos e sobras de comida consumida pelos donos. Essa prática ainda está muito associada a cães sem raça definida e a pessoas com renda limitada.
Portanto, quando falamos de alimentação para pets, por mais que o mercado ofereça inúmeras opções atualmente, é necessário considerar a realidade de cada dono. O ideal é consultar uma pessoa profissional de veterinária, que saberá indicar a dieta adequada para as necessidades do animal, conforme tamanho, idade e particularidades de saúde.
Claro que um cão, gato ou pássaro que recebe alimentação de maior qualidade tende a ter aparência de pelos e penas melhor, apresentar menos problemas de saúde e se desenvolver em todo o seu potencial. Por outro lado, os animais que se alimentam de ”comida humana” passam muito bem, e o que importa é o tratamento e carinho que recebem. Veja a seguir alguns mitos sobre alimentação de animais e como acertar na dieta do seu pet.
Manter o pote de comida sempre cheio é dar autonomia ao animal
Com a cultura dos “pais de pet” crescendo, é normal que os tutores se preocupem com o bem-estar dos animais. Produtos como dispenser de ração automáticos permitem que o animal tenha acesso à comida durante o dia, mesmo com o dono ausente. Porém, é necessário se atentar às porções na quantidade correta.
Ao oferecer comida, seja ração, snacks ou alimentos naturais em excesso, o animal pode desenvolver sobrepeso, apresentar doenças no sistema digestivo e até mesmo criar rejeição ao alimento. Estabeleça horários fixos para alimentar o animal, considerando momentos pós-brincadeiras, em que o gasto de energia foi maior.
Frutas e legumes fazem mal
É mito, com um fundo de verdade. Frutas ácidas, como laranja, abacaxi e uvas, podem prejudicar a saúde do animal, mas outras, como maçã, banana e melancia, oferecem hidratação, regulam o sistema digestivo e agradam o paladar dos pets. Na dúvida, consulte um veterinário para verificar se o animal possui alguma restrição a alimentos naturais.
Pets devem comer apenas ração
Mito. Os pets podem e devem receber alimentação variada, comportando todos os nutrientes e vitaminas necessários para o bom desenvolvimento. As rações são produzidas para suprir as principais necessidades do animal conforme a etapa da vida, e outros alimentos podem ser introduzidos de forma controlada, enriquecendo o paladar do pet.
Ração só muda em questão de marca e preço
Mito. Hoje em dia, é possível encontrar uma enorme variedade de rações para todos os tipos de pet, e cada uma é destinada a um objetivo. Alguns animais possuem doenças gastrointestinais, e só podem consumir rações com ingredientes que protegem o sistema digestivo. Claro que existem opções mais baratas e mais caras, então, o principal é observar para qual perfil de pet ela é indicada.
Gatos podem tomar leite
Cães e gatos bebem leite das mães após o nascimento, e muitas pessoas acreditam que oferecer leite aos gatos depois do desmame não faz mal. Isso é mito, em parte. O hábito de oferecer leites, iogurtes e outras bebidas lácteas aos gatos deriva de filmes e desenhos, e geralmente não faz mal. Porém, cada pet possui um organismo próprio, que pode ser intolerante aos compostos no leite, como a lactose.
